Após uma série de audiências, a juíza norte-americana Jacqueline Scott Corley concedeu permissão para que a Microsoft avance com a aquisição da Activision Blizzard no país.
Como resultado dessa decisão, espera-se que o proprietário do Xbox finalize a transação em um futuro próximo.
O magistrado do Tribunal Distrital da Califórnia examinou cuidadosamente uma petição de liminar apresentada pela Federal Trade Commission (FTC), o órgão governamental responsável por supervisionar os monopólios e a concorrência nos Estados Unidos.
Após considerar os argumentos de ambas as partes, Corley tomou a decisão de negar a liminar solicitada, optando por não interromper temporariamente o acordo.
Para finalizar a aquisição da empresa por trás de franquias populares como Call of Duty, a Microsoft está com um prazo apertado.
Referido como o “caminho livre”, o gigante de Redmond deve concluir a transação com sucesso até 18 de julho.
De acordo com o acordo inicial, a Microsoft concordou em fazer todos os esforços para fechar o negócio até esta data especificada. Não fazer isso resultaria em uma multa substancial de $ 3 bilhões a pagar à Activision Blizzard.
Durante este processo supervisionado pela juíza Jacqueline Scott Corley, figuras proeminentes do mundo corporativo, incluindo Jim Ryan, CEO da Sony, Phil Spencer, chefe da divisão Xbox, Satya Nadella, CEO da Microsoft, e Bobby Kotick, CEO da Activision, foram convocados para testemunhar.
Em resposta às críticas, a Microsoft esclareceu sua posição, afirmando que não tem planos de tornar Call of Duty um título exclusivo. Em vez disso, a empresa pretende aprimorar o catálogo do Game Pass.
A Federal Trade Commission (FTC), no entanto, expressou preocupação de que esta parceria poderia potencialmente diminuir a concorrência no mercado Xbox, levando a possíveis efeitos negativos no preço e na qualidade dos jogos da Activision e nas ofertas da Blizzard em consoles e serviços concorrentes.
A juíza Jacqueline Scott Corley afirma em sua decisão que a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft se destaca como a transação mais substancial nos anais da história tecnológica, garantindo assim um exame meticuloso.
Além disso, o juiz sustenta que a investigação aprofundada produziu resultados positivos. A Microsoft prometeu inequivocamente, tanto por escrito quanto abertamente em fóruns públicos, bem como no tribunal, manter a presença de Call of Duty no PlayStation por uma década, a par de sua disponibilidade no Xbox.
Além disso, a Microsoft firmou uma parceria com a Nintendo para apresentar Call of Duty à plataforma Switch. Além disso, a Microsoft firmou vários acordos para levar o conteúdo da Activision a diversos serviços de jogos em nuvem, marcando a primeira vez que tais colaborações ocorreram.
No tribunal, o magistrado fez uma declaração clara sobre a falta de provas apresentadas pela FTC para sustentar suas reivindicações, especificamente em relação ao potencial impacto na concorrência na indústria de jogos. Com efeito, Corley passou a manifestar que os testemunhos e documentos apresentados demonstram, na verdade, o contrário, indicando que a matéria em apreço seria vantajosa para os consumidores, uma vez que lhes proporcionaria uma maior disponibilidade ao Call of Duty. Com isso, o magistrado indeferiu categoricamente o pedido de liminar.
O prazo para a FTC contestar a decisão é 14 de julho, mas é improvável que eles exerçam essa opção.
Historicamente, a entidade se absteve de apelar em instâncias comparáveis de aquisições significativas após contratempos legais.